Missão desenvolvida no âmbito do BUPI premiada pela segunda vez consecutiva
Vila Nova de Gaia foi distinguida com o prémio Inovação pelo trabalho desenvolvido no âmbito do Bupi – Balcão Único do Prédio, um plano nacional que visa mapear, entender e valorizar o território e que já permitiu, em apenas oito anos, identificar os donos de 31% das propriedades do país.
Para o Conselho de Administração, esta distinção “é mais um reconhecimento do talento da equipa da Gaiurb, uma equipa empenhada, inovadora e motivada em criar impacto positivo no serviço público que praticamos, desta vez, e pela segunda vez consecutiva, a equipa BUPI foi reconhecida”.
Trata-se do segundo reconhecimento consecutivo ao município de Gaia e à Gaiurb, em duas categorias distintas: SIG em 2022 e Inovação em 2023. “São reconhecimentos coletivos e que refletem o modelo de gestão, organização e interpretação da missão e visão da Gaiurb. Naturalmente que os prémios servem como estímulo para mais, assim como servem para responsabilizar para fazer mais e melhor, acrescentou o CA.
Os prémios relativos a 2023 foram entregues esta quinta-feira, em Coimbra, pela coordenadora da estrutura de missão do Bupi, Carla Mendonça, numa cerimónia que serviu para premiar os municípios que mais têm contribuído para levar este este projeto em diante.
“Sabemos que o caminho é longo, mas considerando algumas das dificuldades pelo caminho, como foram a pandemia de covid-19 e a fase mais recente de transição de financiamento do PT2020 para o PRR, podemos considerar que os números são encorajadores, dado que 90% do total de 2,4 milhões de propriedades foi identificado apenas nos anos de 2022 até 2024”, afirmou Carla Mendonça.
De referir que o Bupi integra 155 municípios, abrangendo cerca de 8,6 milhões de matrizes rústicas, que representam 95% do total de matrizes a georreferenciar. É no Norte e Centro que o cadastro vai mais avançado. Os dados apontam para perto de dois milhões e meio de propriedades já identificadas, graças a uma dedicação coletiva contra-ciclo.
Segundo Carla Mendonça, o Bupi veio “resolver um problema estrutural do país: colmatar a ausência de informação cadastral e conhecer o território de forma tendencialmente inovadora”.
“Mas o que sentimos cada vez mais é que o Bupi está também a servir para preservar a memória, para ligar as pessoas às suas propriedades”, admite, sublinhando que não se trata “apenas de uma plataforma onde os proprietários podem identificar a sua propriedade e proceder ao registo da sua titularidade, de forma simples e gratuita, ou uma ferramenta para resolver problemas técnicos ou administrativos: o Bupi é uma ponte entre o passado e o futuro”, realçou.