Construir cidade necessita de quem nela resida ou trabalhe
Construir cidade é exercício complexo e é um dos ecossistemas mais dinâmicos que temos: não se constrói só com betão ou só com infraestruturas, necessita de quem nelas resida ou trabalhe, sustenta o presidente da Gaiurb, no âmbito da Semana da Reabilitação Urbana que decorre, esta semana, nas Caves Ferreira, em Vila Nova de Gaia.
António Miguel Castro realça, num artigo publicado no jornal Público, que agora se reproduz, que Vila Nova de Gaia apresenta hoje um "mix” de oportunidades únicas, que permite sustentar a imensa probabilidade de transformar o potencial em sucesso. Um sucesso baseado num crescimento sustentável, colaborativo, de conhecimento, inovador, atrativo e baseado numa economia de impacto positivo para quem vive, investe e para o próprio território.
Sabemos bem que competimos num universo de muitas cidades que perseguem um modo de vida saudável e sustentável, são dois dos verticais que muito contam quando escolhemos viver ou localizar uma infraestrutura industrial, serviços ou logística.
Construir cidade é exercício complexo e é um dos ecossistemas mais dinâmicos que temos, não se constrói só com betão ou só com infraestruturas, necessita de quem nelas resida ou trabalhe. Vila Nova de Gaia tem mais de 700 anos de história e com isso o charme de ter passado, um passado de conquistas e afirmação, mas orgulha-se hoje também pela forma dinâmica como se desenvolve, sabendo que o desenvolvimento tem muitas etapas e não ocorre de uma só vez.
O município tem optado por uma ambidestria na resolução de problemas uns de carater mais imediato e outros mais estruturais. Sendo Vila Nova de Gaia o 3º maior município português estamos muito conscientes da necessidade de contribuir para o crescimento económico e para a valorização do capital humano, ao mesmo tempo que queremos ser parte ativa da definição de políticas públicas e de ação do território.
Esta é uma oportunidade única para Vila Nova de Gaia, o que temos e o que estamos a construir terá, necessariamente, impacto na cidade do futuro. Este desenvolvimento económico e urbanístico possibilitará condições de operar transformações necessárias para uma sociedade melhor, mais inclusiva, feliz, competitiva e saudável.
A diversificação nas respostas, a inovação nas políticas, a simplificação de procedimentos, as redes de colaboração entre o público e o privado, o investimento em educação, na saúde, na mobilidade, na habitação e na capacitação do território procuraram maximizar o potencial de crescimento, impacto e sustentabilidade.
Hoje, por causa do trabalho de muitos técnicos municipais, das empresas municipais, das instituições com as quais colaboramos de âmbito nacional ou internacional, das IPSS, das empresas, de uma rede cada vez mais interoperável podemos ambicionar um futuro melhor.
Estamos num momento de desenvolvimento em que mais importante do que a paternalidade, de quem fez, esta a cocriação de cidade num modelo “de negócio” de cidade funcional, competitivo, sustentável, feliz e com carater duradouro, que posso contagiar e agregar pessoas ou empresas em torno de um desígnio comum.
O município tem trabalhado muito na sua quota-parte em investimentos materiais, por exemplo através do lançamento de mais de 400 frações para arrendamento acessível, no apoio continuo de qualificação do nosso Hospital, das nossas escolas, das nossas zonas industriais, e da nossa infraestrutura de mobilidade.
Mas fomos muito além da infraestrutura física, Gaia investe continuamente na componente imaterial, com o “Gaia Aprende+”, e o “Gaia Aprende+i”, duas iniciativas únicas focadas em melhorar o futuro dos nossos jovens, apoiando com conteúdos que vão desde as ciências às artes e para as crianças com necessidades especiais com cinoterapia ou hipnoterapia. É fundamental criar bases para as crianças poderem crescer e aprender com todos os direitos e recursos que uma criança deve ter, este é ainda um enorme desígnio, e em Vila Nova de Gaia somos uma referência, com escola a tempo inteiro e pequenos- -almoços para todos.
Gaia é também um município empreendedor, não só pelas start-ups que tem, mas pelo exemplo que o próprio município dá sendo o maior investidor social do país ao mesmo tempo que investe também na Escola Ocina, projeto da Empresa Municipal Gaiurb, EM.
Temos desafios que os métodos cientícos, a mentalidade empreendedora e a inovação nos podem ajudar para sermos mais competitivos, nas nossas empresas e nas nossas start-ups... É todo este ecossistema que estamos a agitar com novas áreas de expansão.
A Futura linha de Metro Rubi, assim como a estação de alta velocidade, vão reposicionar a proposta de valor de vila Nova de Gaia, uma cidade que é já hoje uma das maiores 15 cidades da Península Ibérica, que passará a contar com mais estes investimentos, fundamentais para a mobilidade que, a somar a todo investimento físico e social, vão certamente tornar única a proposta de valor do nosso município e da nossa região.
Esta é uma oportunidade única para Vila Nova de Gaia, o que fizemos e o que estamos a construir terá, necessariamente, impacto na cidade do futuro. Este desenvolvimento económico e urbanístico possibilitará condições de operar transformações necessárias para uma sociedade melhor.