Obra de arte evolutiva promoveu a economia circular, a sustentabilidade e a colaboração
Houve uma instalação artística na Afurada, denominada “Sabão”, que promoveu a economia circular, despertou a comunidade para a importância da colaboração e da sustentabilidade e celebrou a identidade local.
Trata-se de uma instalação artística que resultou de uma iniciativa de urbanismo tático - uma intervenção rápida e informal com um impacto significativo na comunidade, desenvolvida na sequência de uma parceria entre a Gaiurb e o coletivo Muro Atelier, estabelecida no âmbito de um projeto que visa a reutilização de materiais de construção e motivados e inspirados pelo objetivo da promoção de uma economia circular do projeto Afurada Living Lab.
O “Sabão” foi algo mais do que uma estrutura estática. Tornou-se numa tela viva que, ao longo de seis meses, foi incorporando as vozes das muitas comunidades que moldam esta “vila de pescadores”. O processo desenrolou-se entre novembro de 2023 e abril de 2024, dividido em fases: “Construção”, “Celebração” e “Desconstrução”.
A instalação artística foi criada com elementos considerados autênticos tesouros escondidos: centenas de tanques de lavagem de roupa considerados antiquados. A iniciativa prestou homenagem aos lavadouros e aos icónicos estendais da Afurada e serviu de ponto de concentração da comunidade dando uma nova vida à praça do mercado durante meio ano.
Ao longo deste período, o “Sabão”, alimentado pelas histórias, interações e contributos da população local, transformou-se numa obra de arte viva e em evolução, que serviu como espaço de celebração da identidade local da Afurada e ajudou na capacitação da sua comunidade quanto à importância da colaboração e da sustentabilidade, seja na vida urbana, nos processos de tomada de decisão ou na arte.