Visita aos trabalhos de construção de novas casas na freguesia da Madalena
O Município de Gaia está a investir 63 milhões de euros na construção de vários prédios habitacionais com 318 frações que deverão ser entregues no próximo ano para arrendamento acessível, ao abrigo do Programa1º Direito.
Na visita aos dois primeiros edifícios, provenientes do 1º Edital, na qual estão já em execução 36 frações, o Município pode apresentar e formalizar com as empresas vencedoras do 2ºedital 318 novas frações a construir. Este conjunto de habitações totalizará um pacote de 354 habitações que a autarquia conta disponibilizar ao nível da Estratégia Local de Habitação em várias freguesias, num investimento global de próximo de 70 milhões de euros.
“Para além de fazermos habitação queremos também construir a cidade. Estamos num sítio absolutamente digno, onde o espaço público está adjacente a um conjunto de edifícios, a equipamentos desportivos, de serviços e de saúde. Portanto, é uma nova forma de poder disponibilizar habitação pública para arrendamento acessível”, afirmou António Castro, presidente da Gaiurb, durante uma visita às obras em curso dos dois edifícios multifamiliares na freguesia da Madalena.
António Castro salientou, ainda, a importância da materialização de políticas complementares de habitação, designadamente o Programa de Apoio ao Arrendamento (desde 2017), o Arrendamento Acessível (desde 2022), o Arrendamento Acessível Jovem, as Residências Seniores Partilhadas e, mais recentemente, um projeto baseado num modelo cooperativo que está a ser desenvolvido com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).
"É no mínimo digno de registo que aquilo que estamos agora a materializar é um passo muito importante na construção do nosso futuro”, concluiu o presidente da Gaiurb, acompanhado pelos administradores André Correia e Dina Henriques.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Gaia anunciou a intenção de avançar, já em setembro, com novos modelos de financiamento que passam pela outorga de empréstimos bancários que visam adquirir habitação.
“De repente, o Município vai ter no seu património 143 milhões de euros de habitação. Dinheiro que vem a fundo perdido. Sem gastar um cêntimo, apenas por nos termos candidatado com um projeto credível, vamos ter 143 milhões de euros de habitação para arrendamento. Não há memória de alguma vez termos tido um encaixe de património desta envergadura”, destacou Eduardo Vítor Rodrigues.
Vila Nova de Gaia tem demonstrado uma notável capacidade de adaptação, ao transitar de uma política habitacional tradicional, assente num modelo de resposta única, para um modelo mais diversificado e inclusivo, respondendo de forma mais eficaz às diferentes necessidades da população.