Consumidores como agentes de mudança

A Gaiurb e a Deco assinalaram, no âmbito do protocolo de colaboração, o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, através de um debate que ficou marcado por uma abordagem da defesa de alterações necessárias nos serviços públicos essenciais, sempre que prejudiquem os direitos e interesses dos consumidores.

Sob a denominação “Direitos do Consumidor, Inflação e Futuro do Consumo”, o encontro que decorreu precisamente a 15 de março, dia em que se celebra a efeméride, procurou divulgar os direitos dos consumidores à sociedade civil presente e sublinhar as suas necessidades, assim como enaltecer a importância das políticas públicas que tenham em vista a defesa desses direitos e um melhor funcionamento do mercado.

Esta sessão contou com a presença de Miguel Gomes, presidente da Deco Norte, e de Joana Azevedo, coordenadora da Unidade de Ação Social da Gaiurb, que procederam à abertura dos trabalhos e introduziram as temáticas. “Poupar é ganhar: aconselhamento de energia” e “O impacto da inflação no consumidor: desafios e respostas” foram os painéis apresentados, que tiveram como oradoras Mariana Almeida e Ana Passos, respetivamente, ambas defensoras do empoderamento dos consumidores enquanto agentes de mudança.

O evento envolveu as áreas temáticas abrangidas pelo Gabinete de Apoio ao Consumidor (GAC) e Gabinete de Proteção Financeira (GPF), designadamente o apoio ao endividamento, ao consumidor e ao arrendamento, precisamente as áreas de aconselhamento/encaminhamento desenvolvidas pelo Gabinete Integrado de Ação Social (GIAS) da Gaiurb, no âmbito da parceria com a Deco.

Face aos desafios da Inteligência Artificial, houve também oportunidade para destacar algumas preocupações e alertas, de que são exemplos a forma como as plataformas baseadas em IA podem difundir informações falsas, ou as violações de privacidade, as práticas discriminatórias, a desinformação, entre outros riscos.

O evento criou um espaço de partilha de experiências que permitiu aos parceiros sociais uma reflexão conjunta e dinâmica, sobre as principais prioridades dos consumidores na actualidade e sobre os desafios que o contexto em que se vive coloca aos profissionais que se dedicam à resolução dos problemas dos munícipes.

A história da Deco nasceu há 50 anos e é marcada, segundo referiu Miguel Gomes na sessão de abertura, «por vitórias, ações, lutas e conquistas, sempre pelo reconhecimento dos direitos e legítimos interesses dos consumidores». Ao longo deste percurso de proximidade, a associação reuniu 85 parceiros do poder local.

Ao celebrar este ano o seu cinquentenário, a Deco relembra no seu site que, ainda antes da revolução democrática, a associação nascia para trabalhar com dedicação e preocupação em informar, formar, apoiar e representar os consumidores.