Técnicos em mobilidade sustentável defendem mais-valia de andar a pé e de bicicleta
No Dia Europeu Sem Carros, uma iniciativa integrada na Semana Europeia da Mobilidade, o Município de Gaia e a Gaiurb desafiaram os funcionários e toda a comunidade gaiense a privilegiar os percursos entre a casa e o trabalho em transportes públicos, a pé ou de bicicleta.
Simultaneamente, e no âmbito do projeto Afurada Linving Lab, um encontro sobre Mobilidade Urbana Sustentável permitiu reflectir e partilhar pontos de vista sobre o tema “Porque resistimos aos modos suaves”, cuja abertura foi presidida pelo vereador Valentim Miranda.
Na ocasião, foi apresentado o Bike4Us Afurada, um projeto piloto que se destina a usufruto da comunidade local, com 4 unidades partilhadas pelo grupo de utilizadores, cuja interação é feita a partir de uma aplicação (app bike afurada).
O projeto foi apresentado por Catarina Selada, do CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, que assegurou a continuidade ao processo de descarbonização do território, permitindo valorizar, verificar e quantificar as emissões de CO2.
Os planos de mobilidade e inserção dos modos suaves nas cidades foi o tema abordado por Tomás Allen (Allen_pmc), Susana Paulino (Câmara de Gaia), Paula Ramos (Gaiurb) e, como moderadora, Carla Pires, também da Gaiurb.
“Enquanto não houver coragem para criar infraestruturas com ligações de pontos de interesse não vai haver mudança”, afirmou Tomás Allen, apontando também a necessidade de se garantir condições de segurança nos percursos e nos espaços públicos para que as pessoas possam utilizar os modos suaves, designadamente, andar a pé ou de bicicleta.
António Miguel Castro, presidente do Conselho de Administração da Gaiurb, presidiu ao encerramento da iniciativa, que decorreu no Centro Interpretativo do Património da Afurada,
tendo sublinhado as várias “experiências que têm sido feitas para transformar as mentalidades, para substituir o que está errado pelas boas práticas, numa tentativa de ir mudando pouco a pouco a sociedade”.
“Nesta área, estamos muito melhor. Temos desenvolvido pequenas acções, com resultados muito positivos, não obstante a dimensão do território. Temos muito potencial”, sublinhou António Castro, referindo-se ao compromisso pela saúde e pelo ambiente, assim como aos contributos e esforços da Gaiurb e do Município na implementação de medidas conducentes à mobilidade mais ativa e sustentável e à construção de um futuro, todos juntos!”
De referir que o Afurada Living Lab é um Laboratório Vivo que pretende contribuir para a descarbonização do seu território durante três anos, tendo sido implementado em 2021. O projeto procura obter uma resposta tecnológica a todos os desafios das áreas urbanas, que passam pela descarbonização da sociedade, a transição para uma economia circular, a eficiência energética e a mobilidade urbana sustentável.