«O desafio é como interpretar o futuro», afirmou o presidente da Gaiurb
A problemática das cidades sustentáveis e mobilidade urbana levou o presidente do Conselho de Administração da Gaiurb, António Miguel Castro, ao evento ambientalista Gaia Festival, para defender a importância do envolvimento e da convergência das pessoas, enquanto entidade coletiva, na construção da cidade, de uma cidade amiga de todos.
António Castro falava no âmbito da sua palestra sobre “Gaia: Urbanismo, transportes e conceção do espaço público”, durante a qual defendeu a necessidade de «afirmação da competitividade da cidade» e a «importância dos microssistemas no exercício complexo de criar uma cidade, amiga das crianças, jovens e adultos».
«O desafio é como interpretar o futuro», salientou o orador, que aproveitou a circunstância para evidenciar a importância de se «perceber o que a tecnologia e a inteligência artificial podem ajudar», precisamente, na construção deste futuro sustentável.
António Castro considerou, por outro lado, que «o ecossistema da mobilidade é fruto do crescimento da cidade» - a população de Gaia duplicou nos últimos 60 anos, mas advertiu, a propósito, que «não adianta ter a melhor mobilidade se não alterarmos os comportamentos, na cultura de mobilidade».
A conferência sobre cidades sustentáveis e mobilidade urbana contou, também, com a participação de António Pérez Babo, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Luís Cabral da Silva, especialista em Transportes e Vias de Comunicação, e Rui Marcelino, CEO & Design Manager Almadesign.
Empregos para o clima e as cidades sustentáveis foram os dois temas que deram início à conferência no Auditório Manuel Menezes de Figueiredo, no primeiro dia. A abertura contou com João Paulo Correia, secretário de Estado da Juventude e Desporto, e Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia.
Quanto à conferência sobre Empregos para o Clima, os oradores foram António Maria Pusceddu, antropólogo e investigador integrado do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, Áurea Bastos, licenciada em Matemática Aplicada à Tecnologia, Eric Zanghi, engenheiro e investigador PhD da área de Energia, José Janela, mestre em Cidadania Ambiental e Participação, Leonor Canadas, ativista por Justiça Climática.
O Gaia Festival terminou este domingo após três dias consecutivos de valorização da emergência climática, da reciclagem, do ambiente e da sustentabilidade, quer ao longo de várias palestras e debates, quer através de várias atividades que contemplaram concertos, dança, oficinas e jogos tradicionais.