Comunidade local lançou importante desafio ao PDM
A sessão participativa do processo de revisão do PDM de Gaia que contemplou a freguesia de Grijó mostrou, uma vez mais, o enorme sentido bairrista que se vive no concelho. Um amor à terra alimentado por uma intensa vida cultural e desportiva das suas organizações e que se expressa através de marcas identitárias dos lugares, dos eventos comunitários e das suas gentes.
Este encontro digital que reuniu, a 3 de fevereiro, mais de cinquenta participantes, permitiu a partilha de muitas e ricas memórias coletivas, designadamente os “leilões ao menino”, uma importante recolha de oferendas para as festas religiosas que mobilizam a comunidade.
A importância das ribeiras e dos terrenos agrícolas foi mencionada, assim como os lavadouros e os tanques, enquanto espaços de convívio e de socialização, e as desfolhadas, nas quais as famílias se ajudavam mutuamente e onde apareciam os serandeiros, homens mascarados, a importunar as raparigas solteiras.
O largo do Mosteiro, enquanto centro cívico, no qual os jovens se encontravam, jogavam à bola e onde até ocorriam cerimónias pagãs, como o espantalho a arder, provavelmente pelo entrudo, como lembrou um dos mais antigos participantes da sessão, o senhor Firmino.
Estas marcas identitárias têm um denominador comum: a importância do espaço público enquanto oportunidade de socialização e de celebração do sentido de comunidade.
Eis um belíssimo desafio que a comunidade de Grijó lançou ao PDM. Dar corpo e forma à expressão mais rica e saudável do sentido bairrista, qualificando e estruturando os espaços de encontro (as ruas, os largos e os equipamentos coletivos), identificando as atividades agregadoras e mobilizando as pessoas e as coletividades enquanto protagonistas da transformação da freguesia.
A próxima sessão será dedicada a Gulpilhares (05.02|21:00)
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