XIX Profigaia Open acolheu xadrezistas do empreendimento social D. Manuel Martins
A Federação Portuguesa de Xadrez conquistou quatro novos filiados de palmo e meio: Bárbara Monteiro, Luana Gonçalves e os irmãos Tomás e Afonso Matos, a quem foram atribuídos os números 42295, 42296, 42297 e 42298, respetivamente.
Os novos xadrezistas residem no empreendimento social D. Manuel Martins, em Oliveira do Douro, e frequentam o projeto educativo de matemática «Divertir com o Saber», que integra a modalidade dinamizada pela Academia de Xadrez de Gaia (AXG), implementado no parque habitacional social do concelho.
Bárbara, Luana, Tomás e Afonso juntaram-se a Nuno Santos, o primeiro jovem residente naquele empreendimento social a filiar-se na AXG, para competirem no XIX Profigaia Open – 12º Torneio Internacional Cidade Gaia, prova inserida no Circuito Nacional de Clássicas da FPX referente à época 2018-2019, que sagrou campeão Sérgio Rocha e contou com a participação de 114 xadrezistas.
O jovem Nuno Santos, de 13 anos, já o tinha dito quando se filiou e agora repetiu: “o xadrez ajuda muito a melhorar as notas em matemática, permite desenvolver novas capacidades para pensar e novas visões da vida. Espero progredir para ser um grande mestre!”
O exemplo foi seguido por Bárbara Monteiro, de 13 anos, e Luana Gonçalves, de 12 anos, que praticam a modalidade há mais de dois anos, no âmbito do «Divertir com o Saber». Ambas concordam que “o xadrez ajuda à concentração, ao raciocínio, ao cálculo, ao interesse pela matemática, à atenção nas aulas e à melhoria das notas”.
Os irmãos Matos, de 14 e 8 anos de idade, estão de acordo quanto às mais valias apontadas pelas meninas, no que respeita às aprendizagens na escola, e acrescentam a vontade de melhorar em cada torneio, ao mesmo tempo que valorizam a vertente do convívio.
O pai, Hugo Matos, de 42 anos, que acompanhou a performance dos jovens xadrezistas no XIX Profigaia Open – 12º Torneio Internacional Cidade Gaia, evidencia a importância da modalidade no desenvolvimento das crianças, quer ao nível da motricidade, quer da maturidade: “Andam mais calmos e pensam antes de executar”.
“A Luana e o irmão Rodrigo estão no xadrez desde o pré-escolar. É uma maravilha! Eles adoram, andam mais calmos, têm melhores notas na escola… O xadrez tem tudo de bom, deveria ser obrigatório”, afirma Ana Santos, de 31 anos, mãe da Luana, que também assistiu ao desempenho da filha naquela competição.
Pedro Marinho, monitor/professor de xadrez na turma do empreendimento Dr. Barbosa de Melo, em Canidelo, considera que “este jogo de tabuleiro pode ajudar muito na vida destas crianças”, no domínio da concentração, competitividade, cálculo, raciocínio, companheirismo e convívio, para além de novas conquistas ao nível da assiduidade, do estudo e dos resultados.
“O gosto pelo xadrez advém dos desafios da própria modalidade”, considera Edgar Taveira, monitor/professor das turmas do empreendimento D. Manuel Martins, em Oliveira do Douro. Na sua opinião, é uma questão de conquistas: “no início, ninguém sabe e é um desafio muito difícil jogar com oito peças diferentes; mas à medida de cada passo, vai-se notando a evolução. Mais do que jogar bem, importa o interesse em evoluir e aprender mais”.
Segundo Edgar Taveira, logo que estas crianças atingem um patamar em que já sabem jogar todas as peças, verifica-se que aumenta o interesse pela modalidade. É chegada a hora, portanto, de federá-los: “é uma grande responsabilidade e eles sentem esse peso”, destaca.
Depois da participação no XIX Profigaia Open – 12º Torneio Internacional Cidade Gaia, Afonso Matos, sub-9, já competiu na prova distrital de jovens, que decorreu em Felgueiras.