Sessão sobre Dinâmicas Urbanas promovida no âmbito da discussão pública do Plano de Urbanização
O ciclo de debates temáticos promovido pela Câmara de Gaia, através da Direção Municipal do Urbanismo e Ambiente e da Gaiurb, no âmbito da discussão pública do Plano de Urbanização da Avenida da República, que termina no dia 1 de julho, encerrou esta quinta-feira com uma sessão dedicada às Dinâmicas Urbanas.
«Queremos uma Avenida da República onde as pessoas se sintam bem. Que seja um espaço de usufruto público, um elemento de ligação da cidade da ala nascente à ala poente, que não seja apenas um atravessamento, mas sim um grande centro cívico com doze hectares», afirmou o vice-presidente da Câmara, Patrocínio Azevedo, acrescentando: «O Plano de Urbanização pensa nas pessoas, na mobilidade e no ambiente».
A presente sessão sobre as Dinâmicas Urbanas permitiu abordagens sobre o modelo de ordenamento proposto pelo Plano de Urbanização, designadamente de usos do solo, estruturas viária e ecológica, salvaguarda do património e modelo de execução; o processo de planeamento, desenvolvido ao longo da sua elaboração, de modo integrado e permanente com a gestão urbanística; a dimensão multi-escalar das problemáticas que ocorrem no território sobre o qual incide o Plano, desde as redes viárias, logísticas e de equipamentos, de escala metropolitana, às intervenções de âmbito local, de proximidade; o desenho urbano como método de construção e de regeneração da cidade e a importância da dimensão urbana da arquitetura; e a identidade da Avenida e sua vocação como eixo congregador de diversos espaços urbanos.
O debate público sobre esta área-plano e a sua envolvente contou com notáveis contributos da diretora municipal do Urbanismo e Ambiente, Luísa Aparício, durante a abertura da sessão, bem como do presidente do Conselho de Administração da Gaiurb, Daniel Couto, que se referiu à Avenida como um «desafio, colectivo e comunitário».
Os oradores convidados, professor Álvaro Domingues e arquitetas Teresa Calix e Sara Sucena, acrescentaram valor ao debate, ora apresentando sugestões e recomendações relativas à dinamização do Plano de Urbanização, ora partilhando com os participantes algumas experiências relacionadas.
O painel contou, ainda, com intervenções das arquitetas Susana Madureira, Regina Oliveira Sousa e Óscar Lopes, da Divisão de Planeamento e Reabilitação Urbana, Patrícia Baptista, chefe da Divisão de Gestão e Fiscalização Urbanística, e a jurista da Direção Municipal de Urbanismo e Ambiente, Sofia Morais. Como contributo externo, foi apresentada a experiência do arquiteto Alexandre Sousa.
Os objetivos do Plano, que enquadram este e outros temas da proposta, são: o incremento da vivência da cidade "a pé", dando protagonismo ao peão; a promoção da mobilidade integrada, tornando-a mais atrativa através de uma melhor perceção do sistema de espaços públicos; a assunção do quarteirão como unidade de estudo, contrariando a política de construção avulsa da cidade e valorizando a diferenciação de lugares ao longo da Avenida e da sua história; a promoção do valor ambiental e paisagístico da cidade através de corredores verdes, praças ajardinadas e da salvaguarda das quintas urbanas; o reforço da identidade de sítios excecionais através de desenho novo.